domingo, 26 de dezembro de 2010

Boas Festas!




Mesmo que atrasado, desejo a todos boas festas!

Que 2011 seja repleto de boas notícias e grandes surpresas!

Bjs,

Alícia

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sociedade das Sombras


Olá pessoas!

Trago novidades que vieram com o dia das bruxas. Fui convidada por Anny Luccard da Rádio Digital Rio para participar da antologia Sociedade das Sombras, uma das mais recentes empreitadas realizada pela novíssima Editora Estronho.

Quando encontrei e conversei pela primeira vez com a Anny no Darkness Rising nunca imaginei que isso resultaria em livro, mas devido a nossa área de atuação, devo dizer, que onde há escritores, há livros!

A super simpática apresentadora do programa Contos Sobrenaturais da Rádio Digital Rio teve a ideia para a antologia em homenagem ao primeiro ano no ar. Grande incentivadora da literatura fantástica brasileira, Anny achou mais que justo unir o útil ao agradável. Você pode conferir o programa todas as sextas a meia-noite ou pelo blog. Se quiserem saber mais sobre o livro deem um pulinho no site da Editora Estronho.

Em suma, estou tendo a honra de ser convidada a escrever um conto para Sociedade da Sombras e a grande responsabilidade. O livro sai em maio de 2011. Desejem-me sorte!

Para finalizar, uma palhinha da capa...

Beijos a todos,
Alícia



segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Notícias do Darkness Rising

Oi pessoas!

Nesse domingo estive no Rio, mais precisamente no America Football Club participando do evento Darkness Rising. Fui convidada a participar de duas mesas sobre literatura fantástica e modéstia a parte, acho que me saí bem (pelo menos para uma primeira vez)!

Tive o privilégio de conhecer a maravilhosa Ana Lúcia Merege, que até então, só conhecia por email; o fenômeno literário Raphael Draccon que é super simpático e rever o mediador das mesas, Adriano Siqueira, que, devia ter um talk show só para ele. Acho que o Adriano tem um dom único para lidar com o público!!!

As paletras foram ótimas, apesar de eu, na minha autocrítica pessoal, achar que podia ter contribuido mais naquilo que me propus a fazer lá: falar sobre a importância dos contos para a literatura fantástica e como via de acesso dos escritores que querem começar. Mas deu tudo certo, as pessoas pegaram a mensagem, e estar lá me deixou super feliz.

Deixo com você algumas fotos do evento abaixo e soube que os debates foram filmados, quando conseguir esses filmes eu posto por aqui!



Visão geral da mesa com todos os autores e o Adriano mediando

Mauricio Limeira, eu e Ana Lúcia participando de uma das mesas

Eu, Raphael Draccon e Ana Lúcia Merege


Eu e Ana Lúcia


Nervosa é pouco! Dá pra notar? ;)

Por enquanto é isso! Adorei estar lá. Adorei que o Rio sediasse esse tipo de evento (tem que ter mais assim), e adorei ter mais essa experiência para compartilhar aqui com vocês.

Ah! Também vendi muitos livros, dei alguns autógrafos e fui aplaudida! Queria muito que vocês estivessem lá! Foi ótimooooo! \o/

Beijos a todos,
Alícia

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Evento Darkness Rising


Olá amigos!

Fui convidade a participar do Darkness Rising, no dia 26 de setembro no America Football Club, no Rio. Acho que pela primeira vez não vou precisar viajar centenas de km para ir a um evento de literatura fantástica.

Adorei a iniciativa do Grupo Wanderlust e estarei lá! O Rio precisa de mais eventos assim... Se quiserem me encontrar, comprar livros autografados dos vários autores convidados e bater um papo sobre a literatura fantástica brasileira, sabem onde ir.

Qualquer dúvida sobre o evento, passem no site oficial:
www.draknessrisingevento.com

Vejo vocês lá!
Bjs
Alícia

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Alluim no TerrorZine 20



Olá Pessoas!

Alluim está no Terror Zine 20 nos blogs indicados. Além de muitos contos e entrevistas, o e-Zine de Ademir Pascale e Elenir Alves ajudam a promover blogs e novos autores.
Só tenho a agradecer pela menção!

Para quem quiser ler, clica no coloridinho e vai a luta!

Beijos,
Alícia

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Na Mídia


Olá Pessoas!

Estou postando a matéria que a jornalista Andressa Canejo fez comigo depois da Bienal de Sampa para a Tribuna de Petrópolis. Como sempre, ela foi um amor e me deu o maior apoio. Só tenho a agradecer!!!

A matéria saiu no domingo 22 de agosto de 2010 e fez um comentário sobre as três últimas antologias que participei: No Mundo dos Cavaleiros e Dragões; Moedas para o Barqueiro e Tratado Secreto de Magia. Também falou um pouquinho das outras de um modo geral e do futuro de um modo vago... :)
Não dá para contar tudo, mas a reportagem taí para que quiser ler!

A última boa notícia de hoje é que o Tratado Secreto de Magia está esgotado. O editor Edson da Andross disse que vendeu tudo na bienal, só sobrou o que está com os autores. O que não é grandes coisas, porque, pelo que falei com os outros autores, muitos estão zerado... Agora estamos circulando em âmbito nacional!

Boto mais novidades quando souber!

Beijos a todos!
Alícia

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bienal 2010



Oi gente!

No sábado de manhã eu resolvi que ia a Bienal de São Paulo. Assim, sem nenhum planejamento, enfiei minhas coisas na mochila e parti (esquecendo a câmera...). Cheguei lá no sábado de noite (14/08/10) a tempo para o lançamento do livro novo de M.D. Amado, Aos Olhos da Morte.

Foi um final de semana agitado! Conheci muita gente que só conhecia virtualmente e revi muita gente boa. No lançamento do dia 14 conheci Adriano Siqueira, Eric Novello e Nazareth Fonseca, sem contar com a divertidíssima Thaissa (será que escrevi o nome certo?). No Domingo conheci Miriam Santiago, Leandro Reis, Martha Argel e Giulia Moon.

Muita gente, muito pouco tempo e muita diversão. Entre o frio insuportável e o cansaço salvaram-se todos, inclusive um cavaleiro medieval, que padecia da falta terrível de uma espada! ;)

Valeu a pena! Sinto não ter avisado antes, foi tudo corrido. Tem fotos postadas aqui e assim que eu conseguir outras vou postando! Estou vivendo da doação das fotos alheias... afinal, só eu mesmo para esquecer a câmera e a calça comprida indo para o ártico paulista!

Beijos a todos,
Alícia

P.S.: Essa foto nao me favoreceu... ;)

Fotos de Sampa


Lançamento do livro novo de M.D. Amado no Bardo Batata no dia 14 de agosto de 2010.

Muitos autores no stand da All Print na Bienal de Sampa 2010 (15/08/10)


Achamos um cavaleiro para posar para o lançamento do Cavaleiros e Dragões


Eu, Mariana Albuquerque, Rober Pinheiro e Simone Marques



Miriam, Mariana, Elenir, o "cavaleiro", eu, Simone, Rafael, Rober e Leandro

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Convite








Olá pessoas!!!

Deixo com vocês o convite e um gostinho de quero mais para o lançamento... Tudo que precisam saber está aí, contudo, ainda tem mais...

Terei a honra, de novo, de dividir essa antologia com grande escritores de Literatura Fantástica Brasileira: Leandro Reis, Adriano Siqueira, Georgette Silen, Simone Marques, Rogério H.P., Alex Mir e muitos outros.

Meu amigo Duda Falcão (do Museu do Terror) abre o livro com seu conto O Totem do Gato Preto e eu encerro com o meu No Limiar. Fiquei emocionada quando li, na apresentação escrita pela maravilhosa Helena Gomes (organizadora do livro), uma referência elogiosa sutil e ao mesmo tempo poderosa a esses dois contos:

"A partir das próximas páginas, você conhecerá os contos deste
Tratado. E contará com o nosso anfitrião, personagem de carisma felino
e destaque na capa, que lhe mostrará o caminho no primeiro conto e
que o apontará no último."

Acho que jamais poderei retribuir todo apoio que a Helena tem me dado, desde que lancei meu primeiro conto, ou mesmo antes disso, quando eu a pertubava com meus emails inquisitórios... ; )
Muito obrigada pela força!
E obrigada também aos meus companheiros de blog que estão sempre comigo...

Beijos,
Alícia


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tratado Secreto de Magia



Olá amigos!

Essa é a capa do livro com o meu sétimo conto publicado. Até agora sei que a data do lançamento será 07 de agosto. O local ainda está em aberto. Aviso quando souber mais...

Parece até uma coisa meio cabalística, né? Sétimo conto, no dia sete... Mas enfim, a capa está linda. A organização é da Helena Gomes e a Editora Andross sempre tem muita dedicação com suas publicações, então, tem tudo para ficar o máximo!

As novidades que eu tiver vou postando para vocês!

Um grande Abraço,
Alícia

domingo, 20 de junho de 2010

Sorteio

Olá queridos amigos!

Desculpem o atraso, mas os livros do sorteio foram postados nos correios na quinta-feira dia 17/06. Foram postados por carta registrada, por isso, caso não recebam em algum tempo, me avisem que eu tenho como localizá-los.

Espero que gostem e se divirtam! Em breve teremos mais um lançamento: Tratado Secreto de Magia que sairá pela Andross sob a organização da talentosa Helena Gomes. Quando eu tiver mais novidades eu posto aqui.

Obrigada pela grande força e apoio de vocês!!!

Muito beijos,
Alícia

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sobre o sorteio

Olá pessoal!

O envio dos livros do sorteio está atrasado, mas não esquecido. Ainda está faltando um vencedor entrar em contato e continuo esperando. É mais fácil para mim colocar tudo junto no correio de um vez, portanto, Thay Freir, estamos esperando a sua manifestação. Se quiser passar o direito ao livro eu sorteio outro! Tentei entrar em contato, mas foi em vão...

Vamos lá gente, manifestem-se!

Um adendo sobre o lançamento de Moeda para o Barqueiro: foi o máximo! Me disseram que a peça estava ótima e o pessoal super animado. Ainda estou esperando para ver os meus exemplares. Tem mais um lançamento pela Andross vindo por aí... Falo mais depois!

Beijos
Alícia

terça-feira, 11 de maio de 2010

Convite para Lançamento






Neste sábado teremos o lançamento do livro de contos Moedas para o Barqueiro pela Editora Andross. Durante o lançamento terá uma peça teatral para representar alguns dos contos do livro. Infelizmente nenhum deles é meu... Mas vale a pena conferir. A entrada é gratuita e os lugares são limitados. Quem quiser dar um pulinho para conferir a peça A História de Caronte, vá, neste sábado dia 15/05/2010 a Biblioteca Viriato Corrêa na Rua Senna Madureira, 298, Vila Mariana, São Paulo.

Depois da peça teremos o lançamento do livro e um coquetel onde vários autores estarão autografando. Não vou poder ir porque tenho aula, mas vai ter muita gente boa por lá!

O cartaz de divulgação do evento está aí para quem quiser, e anexei também uma foto dos ensaios da peça. O negócio promete...

Essa é a primeira vez que uma antologia sai com dois contos meus (A Morte e Orfeu), estou super feliz! Quem for e quiser me mandar umas fotos eu coloco aqui depois. Fiquei muito chateada de não poder comparecer, mas estarei lá em espírito, mesmo se o barqueiro me levar!

Desejo a todos um ótimo lançamento e mal vejo a hora de ver como o livro ficou...

Beijos,
Alícia

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sorteio


Juntando os nomes...



Viram? Escrevi um por um!



Tudo dobradinho no potinho...




E aí estão os vencedores!!!
Meus Parabéns a:
Thay Freir
Tan
Ramiro Batista
Amanda

Quem falar comigo primeiro escolhe o que quer levar. São 2 exemplares do Poe 200 Anos e 2 do No Mundo do Cavaleiros e Dragões. Podem escolher e me falar. Eles são de vocês agora!!!

Obrigado a todos pela força. Ao todo foram 54 nomes. Seriam mais, contudo, achei justo tirar da lista os familiares próximos, como o filho, marido... Esse pessoal que só precisa esticar o braço e pegar na prateleira. Também tinham uns nomes repetidos por seguirem pelo blog e pelo Facebook. Aí não valia, só concorreram uma vez!

Para revindicar o que é seu me mande um email: azevedo.alicia@gmail.com

Beijos enormes!
Alícia









terça-feira, 20 de abril de 2010

Novo Lançamento




Olá gente!

Esse é o próximo lançamento. Pela primeira vez, dois contos meus vão sair ao mesmo tempo no mesmo livro... acho que sou meio móbida! Estou super feliz em participar. A capa está linda, o assunto é muito interessante e o lançamento terá um coquetel!

DATA: 15 de maio de 2010, das 15 às 19 horas
LOCAL: Biblioteca Temática de Literatura Fantástica Viriato Correa - Rua Sena Madureira, 298, Vila Mariana, São Paulo, SP (qualquer alteração nos dados em posto).

Não percam, também vai ter uma programação muito legal com leitura de contos...

Bjs
Alícia


P.S.: O tempo está passando e dia 30 está chegando. Não percam mais tempo! Sigam o blog e concorram a quatro exemplares do Poe e do Cavaleiros e Dragões.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Até onde Alluim pode ir?




Acho que não poderia desejar aceitação melhor. Em menos de um ano, A Ordem do Dragão e meu sonho de Alluim correu várias editoras (sem aceitação ainda) e vários países do mundo através desse blog. Temos aqui hoje seguidores de Portugal, Espanha, alguns países latinos e até mesmo da Hungria. Vários estados desse nosso grande país e até a Alemanha.

Consegui a publicação de quatro contos com mais 2 no forno. Um deles (FC do B) está sendo traduzido para o mercado norteamericano e europeu. Duas indicações de contos a editoras. Várias ideias e muitos escritos. Alluim é um mundo pequeno, mas acredito que juntos estamos fazendo sua ideia grande.

Vocês, amigos fieis que seguem esse blog, que comentam, dão sugestões, e até mesmo críticas, são os responsáveis por esse contágio. Só tenho que agradecer. Não podiam me deixar mais feliz por todo esse apoio.

Obrigada do fundo do meu coração!

Posso ter criado Alluim sozinha, mas ela só existe por causa de vocês! Assim, na minha mais completa gratidão e dívida, vou lhes dá aquilo que sei fazer: escrever.

Vou sortear, no dia 30 de abril, dois exemplares do Poe 200 anos e dois exemplares do último livro lançado, No Mundo dos Cavaleiros e Dragões. Esteja você seguidor onde estiver, ganhando o sorteio, vou dar um jeito de o livro chegar até você! Serão 4 ganhadores, e meu intuito é que chegue até vocês um dos dois melhores livros dos quais tive a honra de participar.


Quem quiser concorrer é só seguir o blog e torcer. Os seguidores via Facebook também estão concorrendo.

E que as Musas favoreçam os sortudos!

Muitos beijos,
Alícia

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Brinquedos Mortais



Finalmente a espera terminou. Foi anunciado esse semana os selecionados para as quatro vagas da coletânea de ficção científica Brinquedos Mortais que reune feras como: Ataíde Tartari, Braulio Tavares, Carlos Orsi Martinho, Lúcio Manfredi, Luis Brás (heterônimo de Nelson de Oliveira), Roberto de Sousa Causo, Saint-Clair Stockler e Tibor Moricz (ornanizador). Dos 50 contos enviados, o orgnizador confessou que teve dificuldades na escolha dos autores e levou bastante tempo para decidir.

Os lugares ao sol pertencem à:
1- Sid Castro com McGuffin.
2- João Beraldo com Brinquedo perfeito.
3- Brontops Baruq com Astronauta.
4- Pedro Vieira com Austenolatria.

Infelizmente, dessa vez não deu para mim... Mas, nem tudo está perdido! Tibor relacionou em seu site sete outros contos que chamaram atenção no processo seletivo, e entre eles está o meu "Seleção Natural", uma grande surpresa!

A galera da "raspa do tacho" é:
• Penélope – Gabriel Boz
• Brinquedo Sórdido – Davi M. Gonzales
• Seleção Natural – Alícia Azevedo
• Sinos do Inferno – Albarus Andreos
• Um homem de verdade – Marcelo Galvão
• Robodisatva – Cirilo Lemos
• Éberaldo – Osiris Reis

A coletânea será lançada pela Editora Draco e com certeza terá uma qualidade excepcional, tanto pela dedicação dos organizadores, quanto pela qualidade dos escritores.

Quero dar um Parabéns especial para meu parceiro blogueiro Brontops Baruq que, certamente merece o seu lugarzinho ao sol; e, ao meu colega de FC do B, Davi M. Gonzales que está raspando o tacho comigo...

Sobre a coletânea o melhor é dar uma olhadinha no site do Tibor. Ele sabe bem mais do que eu...

Obrigada pela força e pelo apoio que vocês sempre me deram aqui no blog!

Muito beijos felizes! :)
Alícia

domingo, 4 de abril de 2010

Delírios



Estava lá eu, muito atrasada como sempre, numa segunda-feira às 7 da manhã, sem nenhum tostão no bolso. Penso cá com meus botões: “Preciso de uma daquelas belíssimas máquinas do capitalismo vulgarmente conhecidas como caixa rápido.” Dirijo-me então para o Banco do Brasil. Chegando lá encontro um banco deserto. Exceto pelo segurança sonolento e meia dúzia de velhinhos na fila esperando o horário bancário... (aliás, falar em velhinhos e em fila é uma redundância, afinal, na terceira idade - sejamos politicamente corretos - essas filas são eventos sociais de vital importância para superar a monotonia dos dias)...
Voltando ao que interessa, o banco estava vazio. Entro no banco. Saco meu poderoso cartão e me coloco à caminho do caixa eletrônico. Enfio meu cartão no buraquinho indicado. Eis que de repente, o caixa apaga. “Que droga!” penso eu. “Atrasada, com sono e ainda por cima, pego uma porcaria de caixa com defeito. Inferno! Felizes eram os romanos que não conheciam o caixa rápido.”
Depois de mais algumas injúrias pensadas, o caixa se acende de novo. “Ótimo!” Coloco novamente o meu cartão e me preparo para sacar a minha mixaria cotidiana: dez reais. Após digitar a senha e efetuar todos aqueles processos burocráticos, o buraquinho do dinheiro se abre. “Cadê meu dinheiro? Não acredito que a droga da máquina vai comer o meu dinheiro do almoço! Vou criar uma quizumba com esse banco se meu dinheiro não sair.”
Abaixo então para olhar o buraquinho e vejo uma luzinha. Dou soquinhos gentis na máquina, e nada. Sinto que estou alterada (acho que o segurança sente também), já sei até o que ele vai dizer: “Espere até as 9 horas para falar com o gerente.” Ignoro o fato de o segurança estar se dirigindo até mim e coloco meu dedinho no buraquinho a fim de tentar puxar meu suado dinheirinho. Para minha surpresa, vejo uma pontinha da nota e tento puxá-la. A máquina não quer soltar. Puxo de novo, com um pouco menos de delicadeza desta vez, e nada. Parece que a luzinha do buraco está ficando mais forte, “O que é que é isso?”, e, de repente - puf (não consegui um efeito sonoro mais representativo).

Pisquei o olho, e ao abri-lo, a bela máquina estava cuspindo notinhas de 10, 20, 50 e até mesmo 100 reais. O primeiro pensamento ao olhar a bela garoupa azulada nas mãos foi a linda sandália da Mr. Cat que eu ia finalmente comprar, mas depois, caiu a ficha. Penso desesperada: “Espero que essa máquina piranha (adjetivo pouco apropriado para uma máquina tão prodigiosa, afinal, ela não é um peixe) não debite isso da minha conta.” Depois de recolher o dinheiro, viro procurando o segurança para me explicar, e para minha surpresa, cadê o segurança? Olhei a minha volta e cadê o banco? E os velhinhos? “Acho que vou processar aquela empresa de café, eles devem estar colocando psicotrópicos para viciar os compradores. Deixa o meu advogado saber disso.”
Por algum mistério científico incompreensível, como aquela série Além da Imaginação, eu havia sido transportada (juntamente com o caixa) para uma linda pradaria. Parei durante alguns instantes observando o lugar e pensando como voltar para casa, afinal das contas, eu estava atrasada, trabalho, chefe chato, demissão... Essas coisas cotidianas.
Eis que, para minha surpresa, vejo três caras montados em lindos cavalos cheios de frufrus (penduricalhos diversificados) vindo em minha direção. Estavam usando um modelito bem brega, tipo toga (o bom gosto ali passou longe). Olhando mais detalhadamente, tive a vaga impressão de já ter visto o do meio em algum lugar...
- Alto! Quo vades?
“Que droga é essa? Vou processar esse banco.”
- Hein?
- Quem é você mulher e o que está fazendo no meu jardim com esta caixa luminosa?
- Te conheço?
- Estas zombando de mim mulher? Não reconheces teu soberano?
- Soberano?
- Modere seu linguajar plebéia ao falar com César.
- Você é César, qual César?
- Mandarei colocá-la a ferros, petulante.
- Calma, estou desnorteada, devo ter batido com a cabeça. Mas estou me lembrando, você é Caius Julius Cesaer o primeiro dos 12 césares de Roma. “Pronto, vim parar no Pinel, agora não falta mais nada. Definitivamente meu advogado vai adorar esse caso!”
- Primeiro?
Eu já não sabia mais o que falar, fiquei em silêncio. Minha mãe sempre me disse: “se não tem nada bom para dizer, cala a boca.” O que eu ia dizer para um bando de malucos megalomaníacos? O malucão, que dizia ser Júlio César, ficava me examinando, que horror, se dessem mais remédios para esses caras, eles não estariam tão agitados. Depois de muito olhar e franzir sobrancelhas, o pirado mor se dirigiu a minha pessoa:
- Venha comigo. Vamos tomar um suco em meu palácio.
“Pronto, agora nem remédio ajuda... Eu é que não sou maluca de ir com esses malucos. Mas se eu recusar, eles podem ficar agressivos, preciso de uma saída diplomática... pense rápido queridinha, pense... Já sei.”
- Não posso, tenho que ficar perto da caixa.
- Desçam do cavalo e carreguem a caixa.
- Não podem carregar, o fio está preso na tomada. “Droga! Quem tá ficando maluca agora sou eu. Estou no meio de uma pradaria sem fio, sem tomada, sem eletricidade e essa bosta ainda funciona. Talvez seja melhor eu ir para o Palácio e pedir um daqueles remedinhos para enfermeira.”
Bom a minha observação sobre fio e tomada pareceu muito evoluída para ele, e assim foi solenemente ignorada. Quando eu vi os malucos tinham me colocado em cima do cavalo e estavam agarrando o caixa. Que mais eu posso fazer, fui vencida pela maluquice alheia.
Para minha surpresa, no final da nossa jornada, chegamos realmente a um palácio. Bom, se fosse o Pinel, eles realmente haviam investido pesado na reabilitação daqueles doidos, pois me senti insignificante diante da magnitude do lugar. Era fabuloso. Criados, estátuas, tapeçarias, colunas romanas, arquitetura romana, roupas romanas, coisas romana... Não pode ser Roma! O Brasil fica a pelo menos uns 9.000 km, ou não, não sei bem porque sempre matei muito as aulas de Geografia. Mas, voltando ao raciocínio. Onde eu estava mesmo? Ah sim! O Brasil fica a pelo menos 9.000 km e 2.000 anos de distância, e eu estava lá, assim, não posso estar aqui. Então, aqui passaria a ser lá, ou lá seria aqui? Droga! Maldita lógica, quando você mais precisa dela acontece isso! Enfim, onde diabos eu fui me meter? “Será que estou realmente em Roma?” Depois desse pensamento aterrador, me ocorreu outro, pior ainda: tinha esquecido minha máquina fotográfica. Devia ter comprado aquele celular com câmera. Quem manda eu ser pão-dura, ou melhor, econômica?
O fato era que, ao que tudo indicava, eu estava mesmo lá (independente de aonde fosse lá), e se eu estava lá, era porque, teoricamente eu teria chegado lá. Isso não quer dizer que eu sabia como chegar lá, mas não foi o que pensaram. Julinho, mais malandro, sacou que tinha alguma coisa errada e começou a me fazer perguntas estranhas:
- Você não é daqui, não é verdade?
“O que eu posso dizer diante de uma dedução tão impressionante. Nem Sherlock Holmes seria tão preciso!”
- Posso reparar isso pela sua roupa e seu jeito de falar, você não tem muito latim!
Para a minha surpresa, pela primeira vez, reparei que eu estava falando latim (apesar de vocês estarem lendo uma versão adaptada dos diálogos, é claro!). Ele continuou:
- E também posso dizer que não é dessa época.
“Bravo Sherlock!”
- Você trás coisas estranhas no seu braço e nos pés, os bárbaros não possuem tais artefatos, em todo o mundo, não temos como produzir tais coisas. O que são essas coisas? - Apontou diretamente para o meu lindo relógio e meu belíssimo tênis. Tive que responder, afinal, ninguém pode deixar César sem resposta.
- Isso é um relógio, e isso, é um tênis.
- Um relógio, que funciona sem o sol? Que prodigioso! - Ele estava demasiadamente embasbacado e permaneceu alguns minutos admirando meu relógio, quando finalmente desceu o verbo. - Quero que me leve para o seu futuro.
- Mas eu não posso.
- Porque não pode?
- Porque você não é correntista desse banco.
- Tem que haver um jeito de fazer isso.
- Infelizmente não há. Veja bem, a minha terra, só será descoberta daqui a 1.550 anos, e esse banco só será aberto daqui a mais ou menos uns 1.900 anos, e além do mais, o que você quer fazer lá?
- Preciso conhecer mais sobre essas coisas diferentes e avançadas que você tem.
- Não precisa ir lá, eu te explico o que você quiser. Por exemplo, essas coisas avançadas que você fala, nós chamamos tecnologia.
- Então quero a sua tecnologia, assim poderei tornar Roma soberana entre todos os povos. Não haverá ninguém capaz de desafiar o poder de Roma.
- Mas por enquanto Roma é soberana.
- Por que por enquanto?
- Porque um dia não será mais.
- Como assim?
- Não sou expert no assunto, mas um dia Roma cairá.
“Sempre quis dizer isso! Agora me sinto importante, porque não dizer profética!” E realmente aquilo foi tomado como profético:
- Suas profecias me assustam estrangeira.
- Fica frio, você só tem que se preocupar com o triunvirato.
“Se ele estava com medo, agora vai se borrar.”
- Vamos entrar num acordo, não posso te levar, mas ficarei aqui um tempo (“mesmo porque não sei como voltar”). Vou te prestar uns serviços de aconselhamento, você resolve os seus problemas e eu vou embora. Mas aviso desde já. Não te darei as respostas, você deve buscá-las sozinho. Não posso interferir nos acontecimentos desta época, pois isso pode afetar negativamente o meu futuro, não insista, pois grandes desgraças poderão abater-se sobre seu povo...
“Sou praticamente uma pitonisa, ou será vestal? Acho que estou confundindo os impérios. De qualquer forma, finalmente eu to por cima da carne seca.”
- E uma última coisa: se eu não retornar ao meu mundo, o caos será instalado sobre todos os povos, pois o contínuo de espaço-tempo será rompido, e nem eu poderei dizer o que acontecerá. Temos um acordo?
“Causei o maior frisson. Olha a cara dele, vai precisar de uma toga limpinha... Bem, preciso me garantir. Vai que esse maníaco resolve me prender aqui, eu ia estar ferrada! Pelo menos assim ele pega leve.”
- Concordo com seus termos, tem a palavra de César.
Durante dois lindos e longos dias me senti a maravilha das maravilhas. Devo confessar que gostei dessa estória de escravos (nada contra a Princesa Isabel, na boa, ela tava certa! Todo mundo tem direitos). Enfim, tava me esbanjando. Banhos perfumados, roupa limpa e gente pra me pentear. Comida na hora que eu quisesse e vinho a rodo. Mas a chapa esquentou. Estava tão preocupada com qual enfeite de cabelo ia usar que me esqueci da vida. Foi quando ouvi um dos escravos dizer alguma coisa sobre os idos de março. “Ferrou!” Saí na carreira até o senado. Na porta eu vi um camarada.
— Corre lá meu filho! Vão matar o Julinho.
— O que senhora?
— Vai logo lesma! César vai ser morto.
Corri atrás dele, mas cheguei tarde. O cara tava em picadinho. Acho que dali só saia um ensopado. O camarada me puxou pelo braço e começou a gritar. Me chamou de cúmplice, de assassina. “Droga! Ferrou tudo agora!” Saiu me rebocando pelos corredores, queria me levar em cana. Tentei explicar a parada, mas acho que a minha estória sobre vir do futuro não foi muito convincente. Tava na lama. No mínimo, daqui a 2.000 anos a minha mãe ia encontrar meus ossos em algum valão da antiguidade. Tomei uma providência, ou melhor, uma atitude desesperada. Dei um chega pra lá no malandro e me preparei para vazar. E aí – puf!

Voltei ao banco. O segurança estava em cima de mim. “Calma aí bonitão, olha o assédio sexual”.
— A senhora está bem?
— “Droga! Nem rolou uma respiração boca-a-boca.” To.
— Infelizmente devo avisar que a senhora agrediu o caixa eletrônico, escorregou e bateu com a cabeça. Chamei a ambulância. Temos tudo gravado. O banco se isentará de qualquer responsabilidade sobre o seu ferimento. Tem plano de saúde? Por que a ambulância vai te cobrar isso.
— “Inferno! É o Brasil mesmo. Sem respiração boca-a-boca e eu já estou tomando vara.” Tenho. “Pelo menos vou ganhar um atestado médico para matar o trabalho.”
Pra encurtar a estória, às nove da manhã estava saindo de ambulância do banco com um galo na cabeça e sem meus dez reais. Ainda tive que ouvir a fila da terceira idade dizendo: “Essas pessoas não tem educação nenhuma, para que toda essa agressividade com o pobre caixa.” Pode um negócio desses? Eu fui a vítima. Fui lesada em R$ 10,00.

No dia seguinte virei manchete de jornal. “Mulher nervosa esbofeteia caixa eletrônico. Mais informações na página 5.” Minha foto inconsciente caída. Nessas horas sempre tem um cretino com um celular com câmera, só eu que não tenho um. Maldita economia!
Um dia depois, meu chefe me demitiu, disse que eu não me enquadro no perfil da empresa. “Que droga de perfil é esse? O cara vende embalagem de vidro e geralmente pelo telefone.” Tudo que eu fazia, e com muita paciência, diga-se de passagem, era atender ao telefone, anotar o pedido, confirmar os dados bancários e despachar a remessa, sem nunca ver o cliente. Mas, segundo o meu chefe: eu era uma pessoa raivosa. Uma bomba relógio prestes a explodir.
Meu namorado me largou porque disse que eu era a piada nacional. Ele não podia continuar comigo depois de todos os amigos dele terem visto a minha foto inconsciente e babando o chão do banco. Foi quando descobri que o vídeo da câmera de segurança vazou para o You Tube (não sei como) e tinha um close da baba.
E pra piorar, o banco me processou por danos materiais. Precisei de um defensor público porque não tinha mais emprego. O cara nem se esforçou. Disse que tinham muitas evidências contra mim e a mídia me odiava. Eu estava taxada como a “maluca que agrediu o caixa eletrônico”. O melhor a fazer era acatar a ordem do juiz de forma pacífica e sem demonstrar nenhuma, como ele chamou? Ah, lembrei: “inabilidade social”.
O juiz me mandou para uma avaliação psicológica. Disse que eu era muito nervosa. Aquilo podia ser um princípio de psicopatia enrustido. Uma hora eu estava batendo em caixas outra eu poderia estar fuzilando pessoas sem motivo. Tive que fazer acompanhamento psicológico. E pagar uma multa ao banco para “restaurar a integridade física do caixa lesado”.
A psicóloga ficava perguntando se meu pai me molestava, se minha mãe me molestava, se meu avô me molestava. Se eu tinha problemas sexuais ou apetites sexuais incomuns. Quantas vezes eu fazia sexo por semana e com quantos parceiros diferentes. Não dava para responder aquilo, né? Aquela vaca (pobre animal sendo comparado a um ser tão vil) freudiana, só pensava naquilo. Quando me recusei a responder, ela disse que eu era um cactos, seco e cheio de espinhos. Ficou claro ali que a avaliação dela não seria positiva para mim. Até fui encaminhada a um psiquiatra.
Quer saber, na situação que eu estava não tinha muita saída. Agora eu era um pária. Execrada pelo mundo, com suspeitas de distúrbios sexuais e com a minha baba na Internet. Depois de considerar seriamente minhas opções, concluí que só tinha uma coisa que eu podia fazer. Acho que qualquer pessoa teria feito o mesmo. Afinal, eu era uma pessoa raivosa.
Muito indignada, fui até o banco. Entrei lá cheia de pose e fui direto ao gerente. Claro que ele me reconheceu! Puxei o objeto de dentro da minha bolsa e apontei para ele.
— Quero cancelar a minha conta! – Joguei o cartão na cara dele aos berros. Todo mundo me olhou. “Ferrada, ferrada e meio (pra amenizar o termo)”– Esse banco é uma bosta! Depois de toda a publicidade gratuita que eu dei pra vocês... me sacaneiam desse jeito. Aposto que o concorrente vai adorar ter a “Maluca do caixa” como correntista. E ainda vai me dar benefícios. Quer combinar? De agora em diante, vão ter que me pagar por todo esse marketing. Da próxima vez que quiserem que eu quebre alguma coisa pra levantar a moral dessa espelunca vou cobrar o dobro. Ouviu bem? Vou cobrar o dobro!
Uh! Ah! A galera tava ficando nervosa. “Quer dizer que eles pagaram ela para quebrar o caixa?” estavam perguntando. O burburinho se alastrou com uma rapidez impressionante. A fila dos velhinhos estava indignada. “Como puderam fazer a pobrezinha ser difamada desse jeito?”
— Vou agora até aquele jornaleco que me difamou contar a situação, tá ligado? – virei às costas e parti. “É agora. Cinco. Quatro. Três. Dois.”
— Me acompanhe senhora, vamos conversar na sala da gerência. “Peguei os cretinos!”
Na manhã seguinte na manchete do tablóide de informação duvidosa: “Maluca do caixa eletrônico foi golpe publicitário”. Tinha uma foto minha com o dedo na cara do gerente. Nessa foto eu saí bem. Ainda bem que alguém sempre tem um celular com câmera. Bendita economia! Mas ninguém deu muita atenção para o tablóide porque a fita de segurança dessa vez não vazou para o You Tube.

Bom, e foi isso que aconteceu.
O processo judicial foi retirado, minha indenização devolvida. Obviamente, eu cobrei os juros.
A psicóloga foi levada para um acompanhamento psicológico. Acabaram determinando que ela tinha vários problemas sexuais e psicológicos. Tacaram-lhe um Gadernal na idéia e a obrigaram a fazer terapia. Agora ela freqüenta um grupo de auxílio às pessoas viciadas em sexo.
Arrumei um emprego novo, e ganhava bem mais que no primeiro. Ainda recebi uma satisfatória quantia chamada “cala a boca”. Minha baba foi retirada do You Tube. Tive que trabalhar escondida do público até a poeira baixa e o banco me transferiu de cidade pagando todas as minhas despesas. Mas o apartamento novo era lindo. A calúnia é uma arma perigosa.
Meu namorado quis voltar, mas eu dei o vaza nele. Afinal, a fila anda e a minha catraca estava bem mais seletiva agora.

Qual a moral da estória? Essa é fácil. Não beba muito café. Mas se beber, tenha um bom advogado.

Páscoa...

Estão tentando te enganar?


Está sobrecarregado?



Sendo explorado?

Não se desespere!
Relaxe!
Tenha uma ótima Páscoa!

E lembre-se: coelho não bota ovo mesmo... e se botar não vai ser de chocolate!!! :)

Beijos,
Alícia

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Convite



Olá gente!

Taí o convite oficial. Até agora temos confirmadas as presenças de: Leandro Reis, Rober Pinheiro, Simone Marques, Evandro Guerra, Mariana Albuquerque, Luiz Ehlers, Joyce Ramos, F. Fernandes, Rafael Azeredo e, obviamente o Sr. Ademir Pascale que, com grande dedicação e esforço, organizou este belíssimo livro.
O escritor Juliano Sasseron também disse que vai dar um pulinho por lá.

Eu, infelizmente, vou começar a fazer minha pós-graduação aos sábados e vai ficar difícil chegar a tempo, mas nada é impossível... O convite está aí, com sua bela arte feita por M.D. Amado, e, todos são bem vindos!

Muitos beijos e uma ótima Páscoa a todos!

Alícia

sexta-feira, 12 de março de 2010

Lançamento



Olá gente!

O livro No Mundo dos Cavaleiros e Dragões será lançado no dia 10/04 . O lançamento acontecerá no mesmo lugar do Poe: Rua Bela Cintra, 1.333, Jardins, São Paulo - SP, no Bardo Batata. Das 18:30hs até as 22hs. Ainda não sei se poderei comparecer, mas fica aqui meu convite a todos.
Anexei a foto da capa completa do livro para dar um gostinho... :) Está muito bonita!

Assim que eu tiver alguma novidade coloco aqui.

Beijos,
Alícia

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Poe 200 Anos na Tribuna



O livro Poe 200 Anos foi matéria da Tribuna de Petrópolis nessa quarta feira 24 de fevereiro. A atenciosa jornalista Andressa Canejo fez mais uma de suas belas matérias me dando apoio e ajudando a divulgar o que eu gosto de fazer: escrever.

A imagem está ruim, mas está legível. Infelizmente aquele problema do scanner permanece... Mas, se servir de consolo, vocês podem tentar resolver o sudoku que está ao lado da matéria. rs! Conversando comigo, Andressa disse que sentiu muito não poder incluir na matéria o lançamento simultâneo do livro de Ademir Pascale, O Desejo de Lilith. Ela disse que sua "coluna era pequena demais para dois sucessos de uma única vez". Depois nos desejou felicidades e sumiu em direção a novas notícias.

Obrigada Andressa, e obrigada a todos que acompanham o blog!

Beijos,
Alícia

Boas Novas!



Olá pessoas!

Queria agadecer a todos pelo apoio. O blog está chegando a marca de 1.000 visitas e eu estou super feliz. Para alguns pode parecer pouco, mas para mim é um elogio e um reconhecimento ao meu trabalho! Falemos um pouquinho sobre o lançamento do Poe... Foi tudo maravilhoso! Muita gente compareceu e tive a oportunidade única de me encontrar com pessoas maravilhosas com as quais só me relacionava virtualmente. O Sr. Guardião do Estrondo M.D. Amado estava presente; a amiga Georgette Silen; o gente boníssima Rober Pinheiro; o recém conhecido Juliano Sasseron (meus parabéns pela marca de mais de 1.000 livros vendidos); os organizadores Maurício Montenegro (e seu filhinho fofo) e Ademir Pascale (com seu excelente livro O Desejo de Lilith); a simpática Elenir Alves, sempre sorridente; Dimitry Urziel, o qual tive o prazer de conhecer; e, ao lindo casal Duda Falcão e sua esposa Roberta (com quem tive o prazer de ficar conversando até quase nos expulsarem). Em suma, foi tudo ótimo!

Vou postar umas fotos para vocês.
















E foi assim...

Beijos a todos!
Alícia

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Lançamento do Poe



Queridos amigos,

O lançamento do livro Poe 200 Anos está na sua contagem regressiva. Será dia 20/02 no Bardo Batata em Sampa. O convite está aí para todos que quiserem se aventurar. Vários autores já confirmaram a presença:
Duda Falcão
Dimitry Uziel (idealizador do convite)
Miguel Carqueija
Georgette Silen
Kathia Brienza
M.D. Amado
Mariana Albuquerque
Frank Bacurau, e,
eu, Alícia Azevedo.
O evento também contará com a participação dos organizadores Maurício Montenegro e Ademir Pascale que estará lançando, simultaneamente, seu primeiro livro, O Desejo de Lilith pela editora Draco.
O evento promete e os livros prometem!

Não deixem de ir, estarei esperando vocês, aliás, todos nós estaremos esperando vocês!

Um grande abraço,
Alícia

P.S.: O livro Poe 200 Anos está em pré-venda na livraria cultura online.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

No Mundo dos Cavaleiros e Dragões





Olá gente!

Mais um conto no forno. Dessa vez a publicação será na antologia No Mundo dos Cavaleiros e Dragões organizada por Ademir Pascale e editada pela All Print. Os dois autores convidados são Rober Pinheiro e Leandro Reis (que não precisam de apresentação, né?).

Essa antologia promete grandes surpresas no universo da Literatura Fantástica, e estou super animada por poder incluir meu conto "Sob a Armadura" nela. Além de mim, a antologia conta com vários bons autores de fantasia como Duda Falcão, Simone Marques e outros.

Infelizmente deixei meus Dragões de lado, mas ainda teremos mais surpresas esse ano...

Quando tiver notícias sobre o lançamento vou postar para vocês.

Uma grande abraço a todos!

Alícia

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sou um Gato


Auto Retrato Biográfico


Como se repara o mal que causamos? Será que podemos repará-lo? Às vezes essa pergunta me atormenta. Por que o ser humano tem que ser tão desconfiado? Será que a palavra de um semelhante não basta? Precisamos julgar um indivíduo pela amostragem geral?
Tudo me parece tão caótico nesse mundo em que vivemos. Quando confiamos pagamos por essa confiança. Quando não confiamos, pagamos pela desconfiança. Sempre permanece a pergunta: o que é certo? A tristeza dessa pergunta é que muitas vezes acabamos por descobrir o certo através do errado. Então, já é tarde demais.
Às vezes queria ser um gato. Não existe vida mais simples e corriqueira. Eles são independentes e espontâneos e nunca são julgados por isso. Comem quando sentem fome. Vivem suas vidas sem se preocupar com os outros. Divertem-se caçando borboletas. Tudo é tão simples quando se é um gato. Sem convívio social, sem trato social, e, principalmente, sem destrato social. Pouco ou nada importa a um gato se você gosta dele ou não. Nossas regras não se aplicam a eles, nem suas próprias regras são aplicáveis.
Às vezes acho que sou um gato. Não sei lidar com as pessoas. Só confio naqueles que se provam confiáveis. Vivo num mundo só meu. Magôo os outros sem a intenção de fazê-lo, simplesmente pelo fato de não saber me expressar. Ignoro todo o trato social. Infelizmente, apesar de saber dessa ignorância, continuo a cometer essa falta, pela simples inabilidade em não cometê-la. Só não tenho pêlo, e pulgas.
No entanto, acho que existe mais dignidade num gato do que em mim. Desculpa-se o gato pelas suas faltas, mas não se desculpa um ser humano. Como desculpá-lo? Se age como um gato então deixa de ser homem. Onde estão aquelas peculiaridades tão familiares aos homens? Falo daquelas peculiaridades humanas, daquelas que os gatos não possuem. Não falo do amor, isso os gatos têm. Eles amam e talvez, amem mais incondicionalmente que os homens. Não falo da confiança, os gatos confiam. Falo das peculiaridades civilizatórias. Peculiaridades que tornaram o homem a espécie dominante neste planeta. Falar, pensar, agir em conformidade com o que se pensa. Falo de honestidade, de sinceridade. Ninguém criticava o homem das cavernas por roubar a sua fêmea desejada.
Vê o problema? Essas peculiaridades civilizatórias, tão características e tão presentes nos homens são as mesmas responsáveis pelas dores da modernidade. Ser sincero e ser honesto magoa. Hoje em dia ninguém mais deve roubar a sua fêmea desejada. Pensar e agir se tornaram atos separados e independentes. Pensa-se de uma forma, age-se de outra. Quem pode então valorizar essas pseudo-qualidades? Diga sempre a verdade, doa a quem doer. Acho quem ninguém acredita nesse chavão. De que vale a verdade? Ela certamente não condiz com as humanidades. Mais vale uma verdade que causa uma lágrima ou uma mentira que causa um sorriso? Devemos optar pela hipocrisia ou pelo cinismo? Devemos ser falsos ou descarados? Qualquer que seja a resposta ela será mais bem vinda que a honestidade e a sinceridade. Para quê verdade? Afinal, ela será sempre um ponto de vista. Será sempre uma nuance. Sempre um resquício de civilidade.

Acho que as peculiaridades civilizatórias são mais constantes nos gatos. Não se vê um gato dissimulado ou desonesto. Isso simplesmente não faz parte da natureza deles. Suas atitudes são sempre genuínas e condizentes com aquilo que querem. Não são capazes de mentir, iludir ou enganar. Ser honesto causa uma lágrima e o ser humano não está capacitado para lidar com lágrimas. Os gatos estão. Talvez por isso digam que os gatos são donos de seus homens, e não o contrário. Talvez por isso os gatos ainda roubem as suas fêmeas. Talvez por isso ninguém goste dos gatos. Pensar e agir sempre serão partes iguais em mim. Não posso conceber um mundo que não seja assim. Talvez por isso eu seja um gato.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dois Lançamentos em um dia





Os lançamentos dos livros Poe - 200 Anos (All Print) e O Desejo de Lilith (Ed. Draco) vão acontecer simultâneamente no próximo dia 20 de fevereiro no Bardo Batata em São Paulo. O evento vai reunir a antologia organizada em homenagem a Edgar Allan Poe e o primeiro livro do organizador cultural Ademir Pascale.
Parece que vai ser um lançamento "daqueles"...
O convite está aí e todos que quiserem aparecer serão bem-vindos.

Beijos,
Alícia

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Um Conto pelo Haiti



O Blog Ficção Científica e Afins, da escritora Ana Cristina Rodrigues está iniciando uma campanha de auxílio às vítimas do terremoto no Haiti. O conto abaixo é minha contribuição. Amigos escritores e leitores, ajudem a divulgar essa ideia. Com o mundo do jeito que está, um dia o Haiti pode ser aqui... Clique no link do blog da Ana e saiba como ajudar.






Na Nuca





O bruxulear da vela à sua frente não o incomodava. Estava diante da decisão mais importante de sua vida. As lembranças não eram mais dolorosas. Será que conseguiria continuar a fingir? Fingindo dava a impressão que se importava, mas na verdade, nada mais importava. Nada, desde aquele dia.
Tinha uma vida pacata, sossegada e feliz. Tinha amor, carinho e ternura. Chegar em casa era como aninhar-se. O aroma corriqueiro que saía da cozinha misturado ao cheiro doce de sua nuca. A mesma nuca que cheirava todas as noites e sempre tinha vontade de cheirar mais. O quase coque a deixava à mostra de propósito. Ela sabia que, ao entrar em casa, aquele seria o primeiro lugar no qual ele iria. Nunca tinha conseguido se ver sem ela. Aquele era seu mundo particular.
Viver sempre fora algo despropositado. Como se pode viver sem um motivo para tal? Estar vivo não sustenta o ato de viver em si, mas muitos o sustentam assim. Deve existir um motivo para viver, do contrário, tudo não passa de perda de tempo. Ele tinha esse motivo ao lado dela. Agora, não tinha mais. Tudo não passava de um imenso vazio.
Durante algum tempo tentou correr. Fugir de si mesmo. Fugir daquela dor, mas a dor se foi e nada ficara em seu lugar. Para que existir, se nem mais se quer fugir?
Na tarde em que tudo começou, ele chegou mais cedo em casa, para vê-la. Ansiou durante todo o dia pelo momento de sentir-lhe o perfume da nuca misturado aos temperos dos pratos que ela preparava. Abriu a porta extasiado com tal possibilidade e correu até a cozinha para encontrá-la. Ela não estava lá. Não havia aroma, cor ou gosto que se comparasse à decepção que sentiu. Percorreu então a casa. Não era uma casa grande ou com vários cômodos. Contudo, ao percorrê-la, sentiu o tempo parar. Uma eternidade a cada canto vazio, até a encontrar. O pequeno quarto pareceu ampliar-se com a visão.
Nem mesmo quando se lembrava conseguia sentir. Olhou novamente para a vela que ardia à sua frente pensando no porque de ainda estar ali. Sua vida acabara naquele pequeno quarto junto com suas últimas lágrimas. Devia esperar seu destino ou tomá-lo para si? Contemplou a face mais absurda de viver e percebeu que não havia sentido para continuar. Decidir se a vida vale ou não a pena ser vivida era a única verdade que existia.
Estava sozinho no mundo agora. Seus pais faleceram cedo. Sua mãe morreu no parto, não suportou dar a luz a gêmeos. Seu pai morreu com ela, mas seu corpo só deixou este mundo alguns anos depois. Definhou lentamente até partir deixando com ele a responsabilidade de cuidar da irmã. Cresceu com ela ao seu lado e sempre cuidou para que nada lhe faltasse. Cheirar-lhe a nuca todas as noites era sentir que tinham uma vida normal. Era evocar imagens felizes. Era afastar o cansaço e o desapontamento de ter um emprego insuportável só para poder dar a ela tudo o que ela queria. Prendia-se aquele cheiro como um náufrago se prende a um pedaço do navio que ainda insiste em flutuar. Essa era a sua vida. Insistir em flutuar quando o mundo afundava ao seu redor. Um cheiro, um beijo, um olhar carinhoso, um desejo de boa noite, uma esperança de uma vida normal. Um sopro de alegria em uma vida enfadonha. Era tudo tão pequeno e insignificante, mas ao mesmo tempo tão profundo e contundente. Ela era tudo que ele tinha, mas ele não tinha nada.
Só se deu conta dessa realidade naquela tarde. Os lampiões que iluminavam as ruelas por onde passava ainda estavam apagados. O sol começava a pensar em dormir para dar lugar à bela lua cheia que transparecia no céu timidamente esperando sua hora de brilhar. Vinha tranqüilo pelo calçamento irregular desviando das carruagens ao atravessar as ruas. Pensava que teria mais tempo em casa. Mais tempo para descansar, conversar, ler para ela. Simplesmente estar com ela. Pouco tinha feito isso ultimamente. Sentia falta de ter com quem partilhar a sua vida, ou sua inexistência viva. Tinha planos, mas ela tinha outros.
Amava o irmão, mas chegara a hora de se separarem. A sufocante atenção exacerbada começava a lhe dar asco. Queria viver sua vida, e não a dele. Era uma mulher e tinha metas. Tinha objetivos, propósitos. Queria sair dali. Queria se casar. Queria ter filhos. Queria o amor de um homem. Aquele amor capaz de tirar o fôlego. De te fazer flutuar. Aquele amor que te faz sorrir sozinha só por lembrar. Aquele amor que faz um leve toque na nuca reverberar pelo seu corpo arrepiando cada parte dele, como um pequeno choque que te levava ao céu sem nunca ter saído do chão.
Quando chegou ao quarto naquela tarde, pela porta entreaberta viu o corpo nu da irmã entrelaçando-se em outro. Por algum tempo admirou a cena. Jamais vira igual beleza em sua vida. Sorriam, estavam felizes. Mas o pouco que ali ficou foi o suficiente para transtorná-lo. Da admiração, passou à inveja. Aquele cheiro da nuca nua lhe vinha à mente, agora, tão amargo quanto o fel. Sentiu inveja, raiva, nojo. Outro estava a tocar-lhe a nuca. A nuca que lhe pertencia, lhe confortava. Aquele seu lugar sagrado profanado para sempre. Maculado.
Sentiu uma pontada em seu peito. Traição. Se ele não era feliz, então ninguém tinha o direito de sê-lo. Pensou que ela estava feliz com ele. Ilusão. Ela se entregava aquele homem com uma felicidade que ele jamais cogitou que existisse. Aquilo era uma ilusão. Nada tão belo e tão sóbrio merecia existir.
Deixou a porta em silêncio e foi ao velho escritório. Abriu a caixa de madeira que estava na cristaleira. Duas pistolas sobre a pequena almofada vermelha se acomodavam junto com duas balas. As pistolas de duelo de seu pai. Ninguém merecia o que ele não tinha.
Escancarou a porta. Dois tiros ressoaram na escuridão de sua alma. Dois corpos caídos sobre a cama. O sangue escorrendo pela brancura dos lençóis.
Sentou-se na sala e chorou. As armas ficaram no quarto. Quando a polícia chegou, ele estava sentado na sala olhando as sombras que bailavam à sua frente. Sombras de uma vela. Sombras de uma vida. Sombras de uma ilusão. Como o mais puro mármore, seu coração se tornou duro e frio. Nem mesmo a culpa o consumia. Eles tinham que morrer. No mundo, a beleza não foi feita para durar.Em sua cela escura, olhava uma vela e sua chama que tremulava. Esperar o dia de sua morte ou escolher o dia em que vai morrer? Não importava. Quando disparou as armas, ele as disparou contra si mesmo. Estava morto antes de chegar àquela cela e a forca nada mais era do que a inevitabilidade da potência se tornando finalmente ato.